A Construção das Pirâmides de Gizé


POR: ELOÍSA

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Antes de mais nada, é preciso esclarecer que a presente teoria não é de minha autoria, embora tenha sido digitada em primeira pessoa. Ela pode ser encontrada em um blog, cuja fonte estará disponível ao final do presente texto. Boa leitura!

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Tenho assistido a vários documentários e lido alguns livros sobre os mistérios ainda não revelados da construção das Pirâmides de Gizé e da Grande Esfinge, no Egito.

Fico revoltado com as autoridades do mundo que não estão nem aí para dar satisfação sobre o porquê das construções megalíticas da antiguidade, quem as construiu e com que tecnologia ergueram pesados blocos de granito pesando entre 15 e 100 toneladas.

Enquanto isso, as Sociedades Secretas dos Mistérios Antigos abafam o caso, e os historiadores vão empurrando com a barriga, dando explicações nada convincentes nos livros de História. Todo o passado da humanidade está mal contado nos livros de História. Até mesmo a Teoria da Evolução, que é outra falácia.

Não é possível que até hoje governos do mundo, como Rússia, EUA, Inglaterra, França, China, e principalmente Israel, não se esforcem para dar uma resposta plausível ao mundo, sobre o que aconteceu em longínquo passado da humanidade! Os egiptólogos e estudiosos da antiguidade não chegaram a nenhuma conclusão sobre o motivo daquelas construções megalíticas, baseando-se apenas nos recursos físicos, materiais e tecnológicos daquela época. Outros, para dar alguma satisfação aos religiosos, recorreram a explicações metafísicas, a obra de visitantes de outro mundo, de outra galáxia, e até mesmo creditaram tais prodígios a poderes mágicos e sobrenaturais dos sacerdotes ou magos egípcios, como forças vibratórias do som, do ultrassom, da levitação, etc.

Sei que muitos monumentos erguidos no passado foram importantes para os reis daquela época. Mas existem certos monumentos sem ter uma razão explicita para terem sido construídos. É o caso da construção da Pirâmide de Gizé.

Alguns egiptólogos afirmam que a principal Pirâmide de Gizé foi construída para túmulo do faraó Quéops (Khufu), na Quarta Dinastia. E foi na XIX Dinastia, no reinado de Hamsés II (1279 a.C. e 1213 a.C.) que os hebreus viveram cativos no Egito.

No entanto, minha intuição diz que as pirâmides não foram construídas para servirem de túmulo para os faraós. Elas servem, sim, de túmulo, mas túmulo de quem? Por ser tão grandiosa, a Pirâmide de Gizé não foi construída para túmulo de um simples mortal, como o faraó. Há algo sinistro debaixo daquelas pirâmides!

Dizem alguns egiptólogos que a Pirâmide de Gizé levou cerca de 20 anos para ser erguida. Enquanto que a Pirâmide do Sol, de Teotihuacan, no México, levou cerca de 150 anos para ser levantada, mas não se compara com a grandeza da Pirâmide de Quéops. Na construção da Pirâmide de Gizé foram utilizados 130 blocos de granito pesando entre 12 e 70 toneladas, e mais de 2 milhões de blocos de pedra, a maioria pesando entre 15 e  40 toneladas.



Creio que as pirâmides do Egito foram erguidas em tempos remotos, antes mesmo do início das dinastias dos faraós. Segundo alguns pesquisadores, elas datam de cerca de 36.000 anos antes da era dos faraós. Acredito que os reis do Egito se apossaram daqueles monumentos, sem mesmo saber a razão da existência deles. Para se apossar daquelas construções, os faraós mandaram fazer inscrições nas paredes, desenhos e hieróglifos. É tipo alguém que rouba um gado e põe sua marca com chapa quente na pele do animal, para que todos saibam que aquilo é sua propriedade. Nem mesmo o fantástico rosto da estátua do faraó Hamsés II, desenhada e talhada em granito com tanta perfeição, pode ser atribuída a ele. Quando os faraós chegaram, aqueles poderes sobrenaturais e ultra-tecnologia que se usavam para construir monumentos megalíticos já não existiam mais.

Assim, também, podemos afirmar que as construções megalíticas de Nazca e Cusco, no Peru, concebidas como obras extraordinárias dos Incas, não podem ser atribuídas àquele povo. Os Incas eram um povo indígena, e não possuíam poderes sobrenaturais, nem tecnologias. Eles migraram de outra região da América e encontraram aquelas construções, se apossaram dos locais e das construções megalíticas, e fizeram outras construções ao redor. Criaram até lendas sobre a origem daquelas construções extraordinárias.

Antes de continuar, gostaria que assistissem primeiramente a este belo documentário “The Revelation of the Pyramids” (A Revelação das Pirâmides). Perceba que as controvérsias existem até hoje sobre o motivo da construção das Pirâmides, quem as construiu e a tecnologia empregada. Somente no final os pesquisadores revelam que as três Pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge formam um Calendário Astronômico, que só pode ser analisado por vista aérea, e com ajuda de software de computador.



Em resumo, irei falar sobre a incrível descoberta dos pesquisadores, de que a Pirâmide principal de Gizé ou Quéops e a Grande Esfinge formam um calendário astronômico que só pode ser entendido olhando-se de cima para baixo (isto é, pela vista aérea). A posição dos vértices da Pirâmide de Quéops em relação à posição da face da Grande Esfinge marcam posições no céu e nas constelações e servem para contar as eras.

Fiquei encucado com o que os pesquisadores revelaram de o por quê construir uma pirâmide com pedras resistentes à ação do tempo e a prova de terremotos. Realmente a Pirâmide de Gizé foi feita para resistir ao tempo e ação de terremotos.

Das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, apenas as Pirâmides do Egito permaneceram intactas e inabaláveis, até hoje. Mas, por que isso? Será que existe algo importantíssimo guardado debaixo das Pirâmides que deve ser preservado para as futuras gerações? Existem inscrições, hieróglifos, mensagens importantes para a humanidade futura em suas paredes e labirintos?

Creio que as pirâmides do Egito foram erguidas no mesmo período em que Noé construiu a Arca, talvez em menos de 120 anos antes do Dilúvio. Podemos tirar essa ideia analisando o plano dos descendentes dos filhos de Noé de construir uma torre que atingisse até os céus, a famosa Torre de Babel, imitando, assim, a construção das pirâmides do Egito. Só que essa torre eles tentaram fazer com tijolos e betume, nada comparável às pirâmides do Egito. Porém, Deus e os anjos impediram a construção da Torre de Babel, porque viram que os humanos unidos não teriam limites para os seus intentos.

“Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer” (Gênesis 11:5-6).

No entanto, eu tenho duas hipóteses para o motivo da construção da Pirâmide de Quéops e a Grande Esfinge.

As pirâmides foram construídas em tempos remotos, mesmo antes das dinastias dos faraós. Os faraós assumiram o controle daquelas construções, mas nem eles sabiam o motivo daquilo existir. Somente iniciados privilegiados nos mistérios antigos devem saber a razão da construção das pirâmides.

Há duas espécies de Titãs (anjos caídos). A primeira leva de Titãs existiu há milhões de anos atrás, quando a Terra era formada por um único continente, chamado PANGEA. O domínio aqui na Terra era exercido por Lúcifer e seus Titãs. Naquele tempo, Lúcifer era um “deus” designado para cuidar da Terra e dos primeiros humanos, antes mesmo do aparecimento de Adão e Eva. Por causa da soberba de Lucifer, e da maldade que ele fazia com as almas dos primeiros humanos, Deus-Pai, Todo-Poderoso o destituiu do poder, juntamente com os Titãs, os 7 Príncipes. Assim como Deus destruiu a Torre de Babel e espalhou sobre a Terra os descendentes dos filhos de Noé, também destruiu o império de Lúcifer, todas as obras dos Atlantes, sobre o continente PANGEA. A Terra (PANGEA) foi repartida em pedaços, e formou os Continentes que hoje existem. Uma parte da Pangea submergiu nas águas do Oceano Atlântico (que leva o nome da cidade da antiga civilização). Recentemente, pesquisadores brasileiros e japoneses encontraram vestígios do antigo reino de Atlântida a 150 km da costa do Rio de Janeiro.

Os vestígios das construções dos atlantes ficaram espalhados por várias partes dos continentes que foram formados. Nem todos os atlantes foram destruídos durante a grande catástrofe. Alguns sobreviveram e contaram para os seus descendentes o que aconteceu.

Os anjos de Deus empregaram a mesma tecnologia dos Titãs da antiga Atlântida para construir as Pirâmides do Egito.

A segunda leva de Titãs surgiu quando Deus recriou a Terra, que estava um caos, devido a destruição causada pelos anjos de Deus na destituição do poder de Lúcifer. Segundo Gênesis 1, a Terra estava um caos, devido a devastação que ela sofreu. Ora, se Deus cria coisas perfeitas, a Terra não poderia estar um caos, exceto se algo terrível tenha acontecido antes.

“No princípio criou Deus os céus e a terra. A Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas”.

As “trevas sobre a face do abismo” refere-se a uma espessa nuvem de poeira que cobriu a Terra, impedindo a entrada da luz do Sol, devido a devastação da antiga Pangea e a erupção de vários vulcões. Quando o texto bíblico diz “Haja luz; e houve luz”, refere-se a dispersão da nuvem de poeira vulcânica que cobria a Terra, que de repente desapareceu por ordem divina, e a luz solar passou a brilhar. Os sobreviventes da antiga Atlântida puderam testemunhar isso, e relataram para os seus descendentes. O capítulo introdutório de Gênesis é composto de duas fontes de informação obtidas por Moisés, uma caldaica e outra hebraica. O primeiro capitulo de Gênesis fala da restauração da Terra que foi devastada e divida em continentes (antiga Pangea), e não se trata da criação da Terra, como começo do Universo. Depois que a poeira vulcânica foi dissipada, brilharam no céu o Sol, a Lua e as estrelas. Daí os antigos sobreviventes da Atlântida terem tido a ideia de que o Sol e as estrelas foram criados depois de ter surgido a Terra.  [OBS: Esta minha colocação é exclusiva. Desconheço outra explicação que tenha sugerido que a expressão “Haja luz, e houve luz” tenha se referido a dissipação da nuvem de poeira vulcânica que cobria a Terra e impedia a luz solar de entrar].

Deus criou novamente um belo jardim na Terra, o Jardim do Éden, criou os animais e uma nova raça de humanos, com menos poder e sabedoria. Foi nesse tempo que Deus colocou algumas centenas de anjos querubins para serem os guardiões da Terra ou paraíso. Esses querubins guardiãs eram seres angelicais bons e obedientes, e tinham líderes poderosíssimos, que mais tarde se tornaram Titãs, ao deixarem a sua própria habitação e irem após outra carne, tomando as filhas dos homens como esposas. O Livro de Enoch conta tudo o que esses Titãs (anjos caídos) fizeram para corromper a nova raça humana que Deus havia criado. Então, Deus se irou e prometeu castigar esses anjos rebeldes com terrível castigo, a prisão no Tártarus ou Poço do Abismo, até a consumação do tempo que ele planejou para resgatar a humanidade ao seu estado original de santidade e inocência.

Percebam que, quando Deus colocou Adão e Eva no Jardim do Éden, os advertiu sobre a pessoa de Lúcifer (Dragão ou Serpente). Deus destituiu o seu reino, mas ele e seus Titãs ficaram soltos na imensidão desse Universo. Deus advertiu para que Adão não desse ouvido ao enganador, isto é, que não comesse do fruto proibido. Satanás estava solto e está até hoje. Mas um dia ele vai provar da escuridão e das algemas do Poço do Abismo.

Houve um homem que viu a queda dos anjos e até por eles intercedeu diante de Deus, mas sem sucesso. Este foi autorizado a registrar em livros o que aconteceu. Este homem se chamou Enoch, o homem, que segundo a Bíblia, andou com Deus.

O nome “Enoch” ou “Enoque” significa INICIADO. Ou seja, uma pessoa conhecedora de todos os segredos. O tal Thot (Hermes Trismegisto), deus egípcio da escrita e da magia, na verdade trata-se do mesmo Enoque bíblico. Os magos egípcios, caldeus, celtas, gregos, se apossaram dos livros e do conhecimento que Enoque registrou e atribuíram a origem dos conhecimentos secretos a esse tal Thot.

Hipótese 1: Os anjos caídos (decaídos), os que lideraram a rebelião e corromperam a humanidade antediluviana estariam presos no subterrâneo logo abaixo da Pirâmide de Quéops, no chamado Poço do Abismo ou Tártarus. Então, as pirâmides demarcam a posição do Tártarus.

Hipótese 2: No Livro de Enoque está escrito que esses anjos rebeldes ficariam presos no Tártarus durante 70 gerações. Então, como na época não existia calendário que pudesse marcar o tempo e nem papel/papiro/pergaminho que durasse milhares de anos, Deus ordenou os anjos a construir a Pirâmide de Quéops e a Grande Esfinge para marcar o tempo, em sincronia com as constelações celestes.

Quando certa constelação do céu se posicionar alinhada com certo ângulo da pirâmide e a cabeça da Esfinge, o tempo estará cumprido, terão se completado as 70 gerações e os anjos serão julgados. Só lembrando, uma geração ante-diluviana durava cerca de 100 anos (70 x 100 = 7.000 anos).

Os calendários que existem (solar e lunar egípcio  romano, hebreu e gregoriano) não são exatos e nada confiáveis. Mesmo com toda sabedoria humana, os estudiosos não conseguiram compor um calendário correto. Podem até retroceder no tempo com ajuda de programas de computador, mas determinar o início exato dos grandes eventos passados da humanidade é quase impossível.

Alguém disse que a Teosofista Helena Petrovna Blavatsky morreu antes do tempo porque revelou um segredo que só os iniciados privilegiados devem conduzir a sete chaves. E talvez o motivo teria sido esse, de revelar o objetivo da construção das grandes pirâmides?



Acredito que os anjos caídos possivelmente estão presos no subterrâneo debaixo das pirâmides, no lugar revelado na Bíblia como Tártarus ou Poço do Abismo.

Agora, espante-se com o que revela a Wikipédia sobre o nome PIRÂMIDE:

“A palavra pirâmide não provém da língua egípcia. Formou-se a partir do grego “pyra” (que quer dizer fogo, luz, símbolo) e “midos” (que significa medidas)”.

Percebam: FOGO + MEDIDA
As pirâmides demarcam a posição do Tártarus (poço do abismo/inferno) e servem também para medir o tempo.

No filme “Imortais” supõe-se que o Tártarus, onde 12 (doze) anjos (Titãs) poderosíssimos estão presos, fica embaixo de uma região montanhosa da Grécia.

Eis algumas imagens do filme “Imortais”.






[Algumas colocações aqui, expostas, são de minha autoria. Quando faço citações, procuro colocá-la entre aspas, ou então, emprego as palavras “segundo os pesquisadores”, “alguém disse”, etc. Você pode perceber que os meus textos são diferentes, e não vivo plagiando ninguém nem usando o “Ctrl+C” e “Ctrl+V” sem indicar a fonte da informação.]

O Livro de Enoch que possuo é uma versão lançada em 1982 pela editora Hemus, cuja tradução foi feita por Márcio Pugliesi e Norberto de Paula Lima. Vide, a seguir, uma nota do editor sobre esta versão do Livro de Enoch.




As versões do Livro de Enoch que baixei da internet variam em número de capítulos finais com a versão lançada pela editora Hemus. Essa versão da EH, que comento, tem 104 capítulos. Outra versão tem 105 capítulos. Alguns editores de outras versões informam que os capítulos finais do Livro de Enoch são acréscimos ou fragmentos do Livro de Noé.

"O Primeiro Livro de Enoque, grandemente conhecido pela sua versão em etíope e mais tarde pelas traduções gregas dos capítulos I-XXXII, XCVII-CI e CVI-CVII, bem como de algumas citações importantes feitas por Jorge Sincelo, autor bizantino. Teria sido escrito por Enoque, ancestral de Noé, contendo profecias e revelações.

Em Qumram, foram encontrados na Gruta 4, sete importantes cópias que foram atestadas pela versão Etíope. Estas cópias embora que não idênticas na totalidade foram encontradas em conjunto com cópias do Livro dos Gigantes referenciadas no capítulo IV do Primeiro livro de Enoque.

As cópias de Qumram foram catalogadas com as referências 4Q201-2 e 204-12 e fazem parte da herança deixada pela comunidade Nazarita do Mar Morto, em Engedi.

Além do Primeiro livro de Enoque, existem ainda, outros dois livros chamados Segundo Livro de Enoque e Terceiro Livro de Enoque, considerados semelhantes."

Esta versão que tenho, da editora Hemus, é do Primeiro Livro de Enoque.
O famoso trecho da Carta de Judas, versículos 14 e 15, refere-se ao capítulo 2 de Enoch:

“Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio [ou vem] o Senhor com os seus milhares de santos,  para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram”.

A maioria dos intérpretes da epístola de Judas afirma que esse trecho é uma profecia sobre a Segunda Vinda de Jesus. Porém, tal afirmativa é pura infantilidade.

O texto que Judas cita, extraído do Livro de Enoch, refere-se a vinda de Deus e dos anjos para julgar e destruir os gigantes e os Titãs que corromperam a humanidade antes do Dilúvio. Portanto, essa citação de Judas não se refere a segunda vinda de Jesus.

Eis o trecho do Livro de Enoch, capítulo 2:

“Eis. Eis que Ele chega com dez mil de seus santos, para julgar todas as criaturas, para destruir a raça dos maus, e reprovar toda carne pelos crimes que o pecador e o ímpio cometeram contra Ele”.

Lendo o Livro de Enoch, percebi que alguns autores do Novo Testamento bíblico citaram vários trechos desse livro. Paulo, Judas, Pedro, João, Lucas, citaram trechos desse livro. Como se sabe, o Apóstolo Paulo escreveu várias cartas, fez inúmeras citações do Antigo Testamento (Torá), sem indicar o livro de onde extraiu as informações. Algumas vezes ele indica a fonte, mas de forma implícita, quando diz: “Como está escrito”.

Agora, retornando ao assunto dos anjos caídos, cito o trecho onde informa os nomes dos chefes dos anjos vigilantes, que Deus havia colocado para proteger a Terra, e que juraram (combinaram) deixar a sua própria habitação e se corromper com os humanos. Muitas vezes esses nomes, listados abaixo, são grafados de forma diferente no livro, mas para bom entendedor, meia palavra basta.

“Quando os filhos dos homens se multiplicaram nesses dias, sucedeu que suas filhas eram elegantes e belas. E assim que os anjos, os filhos dos céus, as viram, tornaram-se enamorados delas e se disseram uns aos outros: escolhamos mulheres da raça dos homens e tenhamos filhos com elas. Então Samyaza, seu chefe, lhes disse: Temo que não possais cumprir vosso desejo. E que eu suporte sozinho a pena de vosso crime. Mas eles lhe responderam: Nós o juramos. E nós nos ligamos todos por mútuas execrações; não mudaremos em nada nosso desejo, executaremos aquilo que resolvemos. E assim juraram e se ligaram por mútuas execrações. Eram em número de duzentos, que desceram em Aradis, lugar situado nas vizinhanças do Monte Armon (ou talvez trate-se do mesmo Monte Hermom referido na Bíblia). Esta montanha recebeu o nome de Armon  porque foi lá que juraram e se ligaram por mútuas execrações” (Enoch VII, v1-8).

Consulte uma boa Enciclopédia Bíblia e descubra o  significado do nome Hermom, uma das montanhas citadas na Bíblia. Em Deuteronômio 3:8-9 e 4:48 fala-se de um ribeiro de nome Armon, que fica próximo ao Monte Hermom.

Samyaza e Azazel foram os dois principais líderes dos anjos caídos.

“Eis os nomes de seus chefes: Samyaza, seu chefe, Urakabarameel, Akibeel, Tamiel, Ramuel, Danel, Azkeel, Sarakmyal, Asael, Armers, Batraal, Anane, Zavebe, Samsaveel, Ertael, Turel, Yomyael, Arazael. Estes foram os chefes dos duzentos  anjos e os demais estavam com eles” (Enoch, cap. VII, v9).

“E escolheram cada um uma mulher, e se aproximaram e coabitaram com elas; ensinaram-lhes a feitiçaria, os encantamentos, e as propriedades das raízes e das árvores. E essas mulheres conceberam e partejaram gigantes, cujo talhe atingia trezentos côvados. Devoravam tudo que o trabalho dos homens pudesse produzir e tornou-se impossível nutri-los. Voltaram-se contra os homens, a fim de devorá-los” (Enoch VII, v10-13).

Os anjos-chefes, superiores aos querubins vigilantes:

“Então, Miguel, Gabriel, Rafael, Suryal e Uriel baixaram seus olhares dos céus para a Terra e viram as vagas de sangue que a avermelhavam, e as iniquidades que aqui se cometiam” (Enoch cap. IX, v1).

Observe o detalhe da prisão do titã Azazel. Muitos intérpretes o confundem com Lúcifer, o chefe-dos-chefes dos anjos rebeldes. Acredito que Lúcifer, a Grande Serpente, foi quem incitou estes querubins vigilantes a corromper a humanidade, já que ele havia recebido uma terrível condenação depois que fez Adão e Eva pecarem. Lúcifer iria comer pó da terra e se rastejar. No entanto, por alguns detalhes podemos deduzir que Lúcifer é o mesmo Azazel, ou vice-versa, já que Azazel foi preso e lançado nas trevas do deserto. Mais na frente citarei referência do Livro de Levíticos que fala a respeito de Azazel, o espírito do deserto. Citarei o assédio que Jesus sofreu quando foi tentado pelo Diabo no tempo em que passou 40 dias no deserto.

“Depois o Senhor disse a Rafael: Toma a Azazyel [Azazel], ata-lhe pés e mãos, atira-o nas trevas e abandona-o no deserto de Dudael. Faze chover sobre ele pesadas pedras pontiagudas; envolve-o de trevas. Que nas trevas permaneça para sempre, que sua face seja coberta com um véu espesso, e que jamais veja a luz. E na aurora do Dia do Julgamento [final], atira-o no fogo” (Enoch X, v6-9).

Se Azazel está preso no abismo, debaixo do deserto de Dudael, então ele não pode ser o Lúcifer. Seria, então, Azazel, um cover de Lúcifer?

Esse deserto de Dudael é difícil de ser localizado na Terra. Já os escritos fabulosos dizem que o deserto de Dudael fica numa tal Paradísia, um outro mundo criado pelos deuses.

No entanto, só no capítulo XXIV do Livro de Enoch podemos compreender que os mundos estranhos que Enoch visitou se localizam no profundo da Terra.

Note que Deus ordena a Rafael prender Azazel e abandoná-lo no deserto de Dudael, ou prendê-lo sob pesadas pedras pontiagudas. Ora, isso não nos faz lembrar do Tártarus e da Grande Pirâmide de Gizé??? Prendê-lo sob pesadas pedras nos lembra as gigantescas pedras da grande pirâmide.

Agora, descrevendo a prisão dos demais anjos caídos no  Tártarus por 70 gerações:

“O Senhor disse a Miguel: Vá e anuncia o castigo que espera Samyaza e todos aqueles (Titãs) que participaram desses crimes, que se uniram a mulheres, que se conspurcaram por toda espécie de impureza. E quando seus filhos forem exterminados [os nefilins, gigantes filhos dos titãs], quando virem a ruína daquilo que tem de mais caro no mundo, prende-os sob a terra, por setenta (70) gerações, até o dia do julgamento e da consumação universal, e o efeito desse julgamento será eterno para eles” (Enoch X, v15).

Pedro, apóstolo, relata em sua epístola sobre os anjos caídos em prisões no Tártarus. Ele faz a citação também baseada no Livro de Enoch.

“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão [titãs presos no Tártarus]; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água” (I Pedro 3:18-20).


Essa expressão “pregou aos espíritos em prisão” não significa que Jesus tenha anunciado o Evangelho a esses condenados, mas, sim, que anunciou a sua exaltação como Príncipe e Senhor de todos, e das almas dos mortos, tomando o cargo que era de Lúcifer.

“Porque se Deus não poupou a anjos [titãs] quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão [Tártarus], reservando-os para o juízo; se não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregador da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; se, reduzindo a cinza as cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-as à destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente” (II Pedro 2:4-6).

Judas ainda cita em sua epístola a prisão dos anjos caídos:

“Aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, ele os tem reservado em prisões eternas na escuridão [Tártarus] para o juízo do grande dia,  assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se prostituído como aqueles anjos, e ido após outra carne, foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno” (Judas v6-7).

Em Enoch XIV, v8 está escrito que os espíritos do filhos dos titãs (os gigantes nefilins) seriam chamados na Terra de espíritos do mal (demônios). Os espíritos dos gigantes mortos no dilúvio ficariam soltos, vagabundos sobre a Terra, seriam como nuvens que trazem à terra os flagelos de toda espécie, a peste, a guerra, a fome.

Ainda sobre a prisão dos anjos titãs no Tártarus, o Livro de Enoch relata que Enoch teve visões mirabolantes de um lugar paradisíaco, que não se parecia com a Terra. E que no fim chegou a contemplar o local da prisão dos anjos caídos. Esse lugar fabuloso é chamado de Paradísia, onde tem uma tal Cidade de Prata. 

“Acima dessas fontes, vi um lugar que nem possui firmamento acima,
 nem terra abaixo, e que também não possuía água; e nada nem à esquerda nem à direita; era um lugar deserto. E percebi neste lugar sete estrelas (7), brilhantes como montanhas de fogo, ou como espíritos sublimes. Então o anjo disse: esse lugar será até a consumação do céu e da terra, a prisão das estrelas e das armadas do céu. Essas estrelas que rolam acima do fogo são aquelas que transgrediram os mandamentos de Deus antes do fim de sua prova. Também prendeu-os neste lugar até que tenham expiado seu crime no ano misterioso” (Enoch XVII, v13-16).

Esse texto sugere que os condenados não terminaram de cumprir a primeira pena e escaparam da prisão? Pois diz “transgrediram os mandamentos de Deus antes do fim de sua prova”.

Mais na frente, no capítulo XX, Enoch novamente relata que viu 7 estrelas (titãs) ligadas umas as outras (como no filme “Imortais”), como fogos abrasados. E espantou-se com a visão, querendo saber por quais crimes aquelas estrelas estavam presas naquele terrível lugar. Então Uriel, um dos santos anjos, responde: “Estas estrelas transgrediram os mandamentos do Altíssimo Deus, e para expiar seu crime, foram encadeadas neste lugar durante um número infinito de séculos”.

Este estranho local de prisão dos anjos caídos se parece mais com o antigo Hades (Inferno) da crença dos persas e gregos. Jesus até citou a parábola do Rico e Lázaro, onde descreve com detalhes o antigo Hades. Os judeus/hebreus nunca tiveram ensinamento definido sobre a existência do Inferno/Hades. Na Torá (Antigo Testamento) não há ensinamento sobre a existência do Inferno. Tanto é, que os religiosos judeus se dividiam em duas classes de sábios rabinos: os Fariseus e Saduceus. O primeiro grupo acreditava em tudo, na existência do Paraíso, do Inferno/Hades, nos anjos, demônios e no Diabo, na ressurreição e no Julgamento Final. Já os Saduceus não acreditavam na ressurreição, nem no Inferno, nem no Satanás e seus demônios.

“Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós” (Lucas 16:22-26).

Na crença dos gregos, o Hades era dividido em três partes: O Campos Elísios, o Érebo e o Thártarus ou Poço do Abismo. Esse abismo referido na parábola do Rico e Lázaro refere-se ao Tártarus ou Poço do Abismo. Enoch relata em sua visão que o local onde os anjos caídos ficariam presos era “um lugar que nem possuia firmamento acima, nem terra abaixo, e que também não possuía água”.

Enoch relata sobre a visão de Sete Estrelas (7), isto é, anjos caídos. No filme “Imortais”, os autores sugerem que 12 (doze) titãs estariam presos no Tártarus. Na lista descrita por Enoch eram cerca de 18 ou 20 o número dos anjos líderes que pecaram

No entanto, analisando o documentário sobre as estátuas gigantes de Moais da Ilha de Páscoa, pude perceber que 7 (sete) estátuas de Moais ficam perfiladas olhando para o Oeste.

Segundo os pesquisadores, “na Ilha de Páscoa há várias estátuas de Moais (Titãs) perfiladas e com rostos voltados para dentro da ilha. Mas, existem 7 Moais (Titãs) perfilados olhando para o por do Sol do equinócio”.



Ora, esses 7 Moais podem representar as estátuas dos 7 titãs que eram os deuses da antiga Atlântida. A Bíblia diz que eram 7 os Príncipes do Rei da Pérsia. E Daniel relata a luta que o anjo Gabriel travou com um dos príncipes do reino (espiritual) da Pérsia.

“E os mais chegados a ele eram:  Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, Memucã, os Sete Príncipes da Pérsia e da Média, que viam o rosto do rei e ocupavam os primeiros assentos no reino” (Ester 1:14).

Esses 7 Príncipes fazem alusão aos 7 Titãs ou Príncipes de Lúcifer.

“Mas o Príncipe do Reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes [de Deus], veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia” (Daniel 10:13).

(Continua)

Outro artigo sobre os Nefilim, a raça híbrida que teria habitado a Terra: