#Top5 - As minhas bandas de rock nacional preferidas



Existe muito preconceito ainda com o rock nacional, mas ele com certeza é uma das portas de entrada para muitas pessoas para o rock clássico ou tradicional de língua inglesa, como foi para mim. Uma das minhas duas bandas preferidas, como não é novidade para ninguém, é brasileira. Nesse post, vou mostrar quais são as minhas 5 bandas de rock brasileiro preferidas e falar um pouco mais sobre elas. Vamos lá?

5º lugar - Charlie Brown Jr.


O rock brasileiro tem várias fases, e assim como o Nirvana foi responsável por reaproximá-lo do público jovem no mundo na década de noventa, considero que o Charlie Brown Jr. conseguiu feito parecido no Brasil. Tendo como nomes principais Chorão e Chapingnon, o grupo emplacou vários hits com uma vibe surfista/skatista urbana, além de ter ficado por anos com a música Te Levar na abertura da novela Malhação.

O Charlie Brown também foi cercado de polêmicas, especialmente nos anos 2000, com a saída e retorno de Champingnon do grupo, que também conseguiu se renovar e atingir um público mais atual com músicas como Só Os Loucos Sabem e Céu Azul. A banda acabou com a morte de Chorão em 2013 e, posteriormente, de Champignon, os dois principais integrantes.

4º lugar - Legião Urbana


Não me considero um fã [nático] do Legião Urbana, mas é certamente uma das minhas bandas preferidas do rock nacional. As letras da banda são bastante poéticas e muitas delas bastante atuais, como Que País É Este. Índios é uma das minhas músicas brasileiras preferidas, e certamente a melhor do Legião. Faroeste Caboclo, mesmo com quase 10 minutos de duração, também é uma obra prima.

Infelizmente, no entanto, a voz e alma da banda, aquele que escrevia a maior parte das canções, impôs um fim simbólico ao grupo. Renato Russo faleceu em 1996 por consequência da AIDS. Com esse falecimento, o grupo parou. Retornou ao palco recentemente, mas longe de ser o Legião Urbana que todo mundo conhece.

3º lugar - Mamonas Assassinas


Embora muita gente não considere os Mamonas uma banda de rock, os Mamonas são essencialmente rock. Isso porque praticamente todas as músicas do grupo, que teve ascensão meteórica na década de noventa, contam com algum riff ou trecho em que o rock predomina. Mas o diferencial é justamente a presença de vários estilos, como pagode, balada romântica e até heavy metal.

Mas não se engane, pois praticamente todas elas eram paródias e sátiras de grupos ou artistas já existentes, e o vocalista e alma do grupo, Dinho, soube fazer elas muito bem. Fenômeno entre adultos e crianças, mesmo com suas letras de duplo sentido, os Mamonas eram um verdadeiro "rolo compressor" e atraiam audiências explosivas nos domingos da televisão brasileira. Por isso, o fim trágico da banda, após a queda do avião em que os integrantes estavam e que matou todos eles, foi tão chorada pelos brasileiros.

2º lugar - Titãs


Embora eu não conheça toda a discografia dos Titãs de "cabo a rabo", considero a minha segunda banda preferida do rock nacional. Conhecidos pelas letras ácidas e que protestam contra instituições, os Titãs viveram seu ápice com o álbum Cabeça Dinossauro, que é um dos meus preferidos no Brasil. É nesse disco que encontramos grandes sucessos da banda, como Polícia, Bichos Escrotos, Família e Homem Primata.

O time de integrantes da banda era gigante no início da trajetória do grupo, sendo que a mais famosa contou com com Branco Mello, Paulo Miklos, Arnaldo Antunes, Tony Bellotto, Marcelo Fromer, Sérgio Britto, Nando Reis e Charles Gavin. Alguns integrantes como Nando Reis e Antunes hoje fazem sucesso em carreira solo, enquanto Marcelo Fromer nos deixou em um acidente trágico. A banda está na ativa atualmente com Branco, Tony e Sérgio.

1º lugar - Engenheiros do Hawaii


Uma das únicas bandas de expressão no cenário nacional originadas no Rio Grande do Sul, os Engenheiros do Hawaii começaram como uma banda "de zoeira" na faculdade de arquitetura durante período de paralisação nas aulas. O próprio nome do grupo, ao contrário de títulos emblemáticos como "Titãs", era uma piada com os estudantes do curso "rival", engenharia, que se vestiam como surfistas e iam paquerar as meninas no bar da arquitetura.

O primeiro álbum da banda seguiu esse tom sarcástico, mas já com letras sérias e politizadas, como Toda Forma de Poder. No segundo, estreou a fase GLM, que contou com Humberto Gessinger no baixo, Augusto Licks na guitarra e Carlos Maltz na bateria. Para muita gente, trata-se da formação definitiva da banda, e é aquela que conta com o maior número de sucessos. Único integrante remanescente dessa formação, Gessinger anunciou "pausa" na banda em 2008, o que continua até hoje e que provavelmente não mudará.