Se você gosta de advogados brilhantes, mistérios de tirar o sono e um pouco (ou muito) de caos, Como Defender a Matadora (How to Get Away with Murder) foi feita para você. Essa série não é só sobre resolver casos no tribunal — é sobre cometer crimes, esconder corpos e ainda sair de tudo isso com classe (ou pelo menos tentar).
"Será que eu também conseguiria escapar de um crime?" Criada por Peter Nowalk e produzida por Shonda Rhimes, a série estreou em 2014 e rapidamente conquistou fãs com seu enredo cheio de reviravoltas, personagens marcantes e uma protagonista inesquecível: Annalise Keating, interpretada magistralmente por Viola Davis.
A trama acompanha um grupo de estudantes de Direito que, sob a orientação de Annalise, se envolve em casos judiciais complexos e, claro, em crimes que os colocam no limite moral (e legal). Com seis temporadas recheadas de mistérios, flashbacks, segredos e momentos de pura tensão, Como Defender um Assassino é um verdadeiro manual do caos — e a gente amou cada segundo.
Temporada 1 – A origem de tudo
A estreia que mudou o jeito como assistimos séries de suspense! Essa temporada é insuperável. A introdução de Annalise Keating, uma advogada/professora que domina a sala de aula e o tribunal com a mesma intensidade, já foi um marco.
Os Keating Five (ou deveria ser Keating Survivors?) são apresentados, e cada personagem é construído com camadas incríveis. O mistério de quem matou Lila Stangard e o desaparecimento de Sam, marido de Annalise, te prende desde o primeiro minuto.
A forma como os flashbacks e os "pedaços" da noite fatídica vão se encaixando é brilhante. E falaremos do momento em que Annalise remove a peruca e maquiagem? Cena icônica que nos mostrou sua humanidade. Insuperável.
Os episódios te deixam sem fôlego, enquanto segredos surgem e o grupo começa a desmoronar emocionalmente.
Essa temporada introduz novos personagens que mexem bastante com a trama. Simon Drake, por exemplo, chega com a missão de ser aquele colega irritante que a gente não quer por perto — e ele cumpre isso com maestria. Já Isaac Roa, o terapeuta de Annalise, traz uma nova dinâmica, explorando a vulnerabilidade dela de uma forma que poucos personagens fizeram.
Outro destaque foi Jorge Castillo, o pai de Laurel, que eleva o drama familiar a um nível quase shakespeariano. Ele chega com sua presença imponente e transforma a vida da filha em um verdadeiro inferno.
Enquanto isso, Laurel passa por situações extremamente pesadas envolvendo sua família, e o restante do grupo tenta se adaptar sem Annalise como a "cola" que os mantinha unidos. É uma temporada mais emocional, cheia de novos conflitos e aquela dose básica de desespero que já conhecemos.
A série começa a ficar um pouco confusa com tantos mistérios acumulados. Gabriel Maddox é introduzido, e, honestamente, ele parece mais um elemento jogado para prolongar a trama. A nova dinâmica no tribunal dos estudantes é... interessante, mas não chega aos pés das intrigas anteriores.
Por outro lado, Annalise continua brilhante em suas performances no tribunal e na vida, mostrando que Viola Davis consegue carregar a série mesmo quando o roteiro começa a tropeçar.
Os segredos antigos finalmente vêm à tona, mas muitos ficam sem explicação ou são resolvidos de forma corrida. O julgamento de Annalise foi emocionante, e o discurso dela no tribunal foi épico, mas parecia que o resto da temporada estava com pressa para acabar. O que foi aquele final com os amigos simplesmente nunca mais se falando? A amizade do grupo, que já era frágil, virou pó, deixando um gosto amargo.
Mesmo assim, não dá pra negar que Annalise brilhou até o fim, reafirmando sua genialidade e nos dando um adeus emocionante. Mas a sensação geral foi de um final apressado, com mais dúvidas do que respostas. Uma despedida que poderia ter sido muito melhor.